CAPELA SÃO BRÁS
LINHA JÚLIO DE CASTILHOS
A origem da comunidade dá-se ao ano de
1885.
As primeiras famílias eram originárias
principalmente das províncias italianas de Belluno, Vicenza, Treviso e outras
da grande região do Vêneto.
A primeira igrejinha foi construída em
1887, na Linha Júlio de Castilhos. O primeiro templo de orações constituía-se
de uma pequena e tosca casa de madeira dedicada a Santo Antônio.
Logo após os moradores imigrantes
iniciam a construção de sua própria igreja, dedicada a São Brás, mais tarde,
com doações de terras, os moradores tiveram autorização religiosa e pública
para iniciar seu próprio cemitério.
Próxima à igreja e ao cemitério os
moradores já demonstraram união e organização. Construíram uma escola, a qual
um ano antes, já existia num galpão emprestado.
Em 1937, nas proximidades onde hoje funciona o
poço artesiano que abastece a comunidade de São Brás, iniciou-se a primeira
Cantina de Vinho de Cotiporã, junto à mesma funcionava moderno alambique de
cachaça e graspa. Eram vinte os sócios da cantina, quase todos moradores da
Capela São Brás. A mesma funcionou até 1943, quando alguns fiscais do vinho
convenceram os industrialistas pioneiros a largarem o vinho rio a baixo.
Testemunhas do fato contam que quando viram aquilo choraram, outras se
debruçaram sobre o mesmo para beber o precioso líquido.
Em 1968 é inaugurado amplo salão de
festas, de um só piso e serve a comunidade até hoje. Durante anos foi salão de
festas, escola e até igreja.
Integrantes do grupo em frente à Igreja de São Brás |
Salão da Capela São Brás |
CAPELA
DE SÃO JOÃO
LINHA
JÚLIO DE CASTILHOS
As primeiras famílias chegaram em 1887
e 1888. Os imigrantes eram originários principalmente das províncias italianas
de Vicenza e Treviso.
A primeira
manifestação de fé teria surgido junto a um quadro de São João Batista trazido
da Itália e pendurado junto a uma árvore, onde algumas famílias rezavam o terço
junto ao mesmo.
Em 1900, os
imigrantes constroem um capitel, espécie de igrejinha de madeira, e em cima de
uma mesinha, colocaram o quadro de São João. Em 1916, foi construída e
inaugurada a igreja propriamente dita, sendo de madeira, porém mais espaçosa e
com janelas de vidro.
O cemitério
comunitário teve licença eclesiástica pública para funcionar a partir de 1902.
Não se sabe
o certo, mas a primeira escola próxima à igreja, teria sido uma casinha feita
de torras de madeira e coberta de galhos de árvores e somente em 1916 foi
construída sala de aula mais moderna. Neste ano, segundo testemunhas, o número
de alunos passava dos trinta.
Hoje, não
são muitas famílias que continuam residindo e se dedicam à agricultura e
pecuária.
Integrantes do grupo em frente à Igreja se São João |
Antiga Escola e Salão da Capela São João |
CAPELA SANTO ANTôNIO (zona moro)
LINHA JÚLIO DE CASTILHOS
Localizada no lote 116 da Linha Júlio
de Oliveira. O Nome Santo Antônio do Moro, foi criado por um dos primeiros
párocos de Fagundes Varela para distingui-la de outras capelas devotas a este
santo existentes na Paróquia Santo Antônio Abade e como próximo à capela morava
a família Moro, ficou o nome.
Não existem muitos registros sobre sua
criação, mas deduz-se que Santo Antônio do Moro, sempre pertencia
religiosamente falando, à Paróquia de Santo Antônio Abade de Fagundes Varela.
As primeiras famílias foram Gabrielli,
Rebelatto, Moro e Bussolaro.
Nos primeiros tempos de colonização a
localidade tornou-se passagem obrigatória de quase todos os moradores das
capelas de Monte Orca, pois procuravam o moinho do Petucso (família Carlesso)
único da região. A estrada passava pela propriedade de Francisco Gabrielli e
iniciava a descida muito íngreme até o Vicente Rosa que era ultrapassado por
ponte. Além do moinho, frequentavam o “Bodegon” de Antonio Gabrielli, (Toni
Bomba). A bodega era ao mesmo tempo armazém, mas principalmente “pousada” para
os carreteiros que transportavam produtos suínos, banha e outros produtos de
Nova Bassano, Vista Alegre e Fagundes Varela que se dirigiam a Bento Gonçalves
pela estrada geral Fagundes Varela - Cotiporã, como se tem hoje. A casa dos
Gabrielli aos domingos à tarde, oferecia as domingueiras, baile de final de
tarde, com música de gaita de boca.
Integrantes do grupo com o professor e historiador Ambrósio Giacomini em frente à Igreja da Capela de Santo Antônio do Moro |
Salão da Capela de Santo Antônio do Moro |
Capela Nossa Senhora de Monte BÉrico
LINHA JuLIO DE CASTILHOS
Em 1892 a sociedade de Monte Bérico
construiu já nos primeiros anos da imigração, uma pequena capela de madeira
dedicada a N.S. de Monte Bérico, localizada na Linha Júlio de Castilhos, no
lote rural ou colônia nº 137.
A Madona, estátua de N.S. de Monte
Bérico é constituída somente de tronco e cabeça (meia) e teria sido trazida de
Monte Bérico, Vicenza-Itália, por Giovani (Nei) Fontana. De especial possuía
corpo de ouro, mas esta foi roubada. É festejada no mês de agosto.
Em 1933, o Pe. Ângelo Mônaco, fez uma
campanha para construir nova matriz.
Territorialmente fazendo parte do
município de Cotiporã, desde a emancipação política, situa-se a Leste e a 20 Km de sede do município, limitando-se
com Fagundes Varela ao norte, e tendo ao oeste o rio Carreiro limite geográfico
com Dois Lajeados.
Monte Bérico destaca-se hoje na
produção vitícola e cítrica, onde abrigava o belo Salto dos Conte ou Salto do
Carreiro: formação basáltica das mais interessantes da região. Empregamos o
verbo no passado, pois a construção da Hidrelétrica Linha Emília, praticamente
destruiu o encanto desta beleza natural. O salto e rochedos com crateras
formadas pela erosão praticamente desapareceram bem como o poço ou o conhecido
“fundão”, lagoa formada após a queda d’água. A natureza cede lugar ao
progresso. A pequena hidrelétrica, barragem e o vale propiciam uma visão
grandiosa e peculiar deste recanto natural.
Outro potencial turístico de Monte
Bérico é seu outro limite geográfico, conhecido como Arroio do Inferno, separa
a comunidade com a Capela N.S. do Carmo. O Rio do Inferno corre velozmente, num
vale de considerável profundidade, escondendo pela sua vegetação fechada,
quedas e cascatas de água estrondosas, principalmente em épocas de enchentes.
CAPELA
NOSSA SENHORA DO CARMO
LINHA
JÚLIO DE CASTILHOS
Situada no lote rural nº 128 da Linha
Júlio de Castilhos, já na descida do “Monte Orca” para o vale do rio do
Inferno, território de Cotiporã.
Inicialmente fazendo parte da paróquia
N.S. da Saúde, Monte Vêneto e hoje Paróquia de Santo Antônio Abade, Fagundes
Varela. Teve sua fundação com a chegada dos imigrantes por volta de 1892-1900.
O conjunto da capela, tendo localização
privilegiada, visão magnífica do vale do rio do Inferno, também chamado nos
primeiros tempos de Rapina, sendo este divisa com a Capela de N.Srª. de Monte
Bérico a oeste; ao norte limita-se a capela Santo Antônio do Moro; ao sul com a
capela de São Caetano e ao leste parte de Santo Antônio e São Caetano.
Na comunidade ainda sobressai o cume de
Monte Orca propriedade de João Marinello e filho, de onde se tem uma visão
panorâmica das cidades de Veranópolis, Fagundes Varela, Cotiporã, Guaporé e
Serafina Corrêa.
As primeiras famílias que se
estabeleceram nesta área foram: Zardo, Peruzzo, Marinello, Gabrielli, Malacarne
e também imigrantes alemães.
A instrução pública somente aparece na
capela em 1964. O decreto de criação nº 1.237 de 14-04-1978 do Poder Público
Municipal estabelece para a comunidade a Escola Municipal de 1º grau Incompleto
João XXIII. Antes disso, porém, os filhos dos imigrantes eram incentivados a
frequentarem a escola em Santo Antônio do Moro.
Pessoas nascidas nesta comunidade com
mais de oitenta anos testemunham que iam à escola para aprender fazer o nome e
contas (matemática). Aprender a ler não era tão importante... Em época de
colher o trigo com foicinha nem pensar em ir para a escola.
Não se sabe bem por que e quando a
capela de N.S. do Carmo deixou de pertencer à paróquia N.S. da Saúde de
Cotiporã e passou a fazer parte da Paróquia de Santo Antônio de Abade de
Fagundes Varela.
Igreja da Capela Nossa Senhora do Carmo |
Salão da Capela Nossa Senhora do Carmo |
Integrantes do grupo em frente à Igreja |
Fonte: livro ainda
não publicado, “Cotiporã e sua história”, de autoria do Professor Ambrósio
Giacomini e Dalmo Scussel.
Olá!
ResponderExcluirAchei muito interessante o resgate histórico realizado aqui.
Gostaria de obter maiores informações sobre a localização de alguns pontos citados no blog como, por exemplo, a localização da linha Júlio de Castilho (Capela São Brás) que não encontrei no Google Maps.
Poderiam me ajudar?
Danieli e Vanessa, vocês tem o sobrenome da minha bisavó!
Contato: gabrielaarquiteta@gmail.com
Olá,
ResponderExcluirGostaria de informações sobre a linha 14 de julho e sua Capela de NS Monte Bérico, estive aí e do lado tem um cemitério onde localizei uma cruz atirada no chão com o nome da minha bisa Regina Bertizzolo ( Fontana), poderiam me dizer se foram transferidos (Fontana) para o cemitério Geral de Cotiporâ?
amfparis@gmail.com
Olá, estou a procura da localização da capela de Santo Antonio, a que se refere a reportagem do jornal, acredito ser essa mesma, a de Santo Antonio de Moro:
ResponderExcluirhttp://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=882038&pesq=%22Angelo%20Grando%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=4198
http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=882038&pesq=%22Angelo%20Grando%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=4238