quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Capelas Interioranas do Município de Cotiporã

CAPELA NOSSA SENHORA DA POMPÉIA
LINHA JÚLIO DE OLIVEIRA

Os primeiros imigrantes teriam chegado ao local por volta dos anos de 1889 e 1890.
Em 1931, como aumentaram as famílias e sendo maior o número de sócios, construíram uma igreja maior, ainda de madeira.
No ano de 1931, surge à primeira da escola da comunidade, feita de madeira, situava-se junto ao terreno da capela igreja.
Em 1943, junto a uma gruta natural é introduzida a imagem de Nossa senhora de Lourdes e desde então todos os anos milhares de peregrinos acorrem à mesma, celebrando com grande devoção a festa de Nossa Senhora de Lourdes. A gruta hoje é um referencial turístico do município de Cotiporã.
Em 1950 foi construído um campanário de madeira e o sino do mesmo foi adquirido da paróquia Cristo Rei de Bento Gonçalves.
A igreja atual foi construída no ano de 1968. À imagem de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia somaram-se a do Sagrado Coração de Jesus, conquistada pela comunidade da Júlia como popularmente é conhecida por ter conquistada o prêmio de maior contribuição de esmolas da paróquia de Cotiporã e Santa Augusta doada pelo Padre Fábio Piazza.
Anos depois a Comunidade de Nossa Senhora da Pompéia, constrói um moderno Ginásio de Esportes.
Formada por pequenos agricultores, a comunidade destaca-se na produção de hortigranjeiros, avicultura e suinocultura. Tem grande potencial turístico com a gruta de Lourdes, vale do Rio Vicente Rosa, Perau da Égua e a já conhecida Trilha das Lontras.


Igreja da Capela Nossa Senhora da Pompéia
Salão da Capela Nossa Senhora da Pompéia
Salão da Capela Nossa Senhora da Pompéia
Integrantes do grupo com o professor e historiador Ambrósio Giacomini na Gruta Nossa Senhora de Lourdes

CAPELA SÃO CAETANO
LINHA JÚLIO DE OLIVEIRA

A comunidade de São Caetano, atualmente pertence à Paróquia de Santo Antônio de Abade de Fagundes Varela, mas territorialmente ao município de Cotiporã, desde sua emancipação em 1982, localiza-se na Linha Júlio de oliveira.
A capela dedicada a São Caetano, não tem uma data precisa de seu surgimento, mas epígrafes junto às cruzes de ferro ou mesmo em toscas pedras são da primeira década de 1900.
As primeiras famílias de imigrantes que ali se estabeleceram foram: Bertolini, Rebelatto, Gabrielli, Costa Curta, Calza entre outros.
A primeira escola da comunidade tem seu início em 1963 e seu Decreto de criação nº 1.214 tem a data de 26/12/1977, com o nome de E.M. de 1º Grau Incompleto Antônio Borges de Medeiros. Doa o terreno para construção de rústica sala de aula, Antonio Costa Curta, medindo o terreno 1.250 m²-lote nº 30. Esta serviu a comunidade escolar até 1995, quando prédio de material foi construído bem em frente à bela igreja de madeira, já com uma dimensão maior, 63m².
Ligados a Fagundes Varela religiosamente, mas jurídico e civilmente ao município de Cotiporã, conquistaram deste considerável melhoria nas estradas, escolas, estrutura na capela, salão social, campo de futebol e a importante ponte construída em 1990, sobre o Rio Vicente Rosa - Zona Calza, o qual em épocas de cheias havia dificuldades para se atravessar. Às margens das corredeiras das águas, pelo lado direito próximo a ponte foi construída à capelinha de N. Srª. dos Navegantes. 
A expressão agrícola em cítricos e parreiras, aliada ao potencial turístico histórico de São Caetano, fazem do mesmo, referencial para bem se viver e visitar.
Igreja da Capela São Caetano
Salão da Capela São Caetano
Alunos da turma 201 na frente da Igreja

CAPELA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
LINHA LAJEADO BONITO

Tem sua origem com a chegada dos imigrantes italianos, vindo da região de Vêneto- Itália, nos anos de 1889-1890, tendo estes ocupados os lotes rurais.
Em 1893, com a licença eclesiástica do Pe. Fortunato Odorizzi, 1º Páraco de Cotiporã, é constituída a Comunidade de N.S. das Graças, com a construção da igrejinha de madeira, próximo ao já existente cemitério.
 A igreja teria pegado fogo, mas a santa foi salva com muito esforço.
Conta à tradição que após diversas vezes, marcada a data da mudança, não se efetiva, pois sempre chovia torrencialmente, mesmo no dia que conseguiram realizar a procissão com a imagem de N.S. das Graças e quando a imagem estava posta no novo altar, iniciou-se uma forte chuva. Espalhou-se entre os fiéis a ideia que N.S. das Graças não desejava mudar de casa.A Capela N.S. das Graças-1893, transfere-se para um local privilegiado, às margens da Estrada Geral para Cotiporã. Essa terra doada no ano de 1925 ocorre à transferência da igreja para onde hoje se situa o 2º Distrito de Lajeado Bonito.
Em 1984/85 com a criação do município de Cotiporã, Lajeado Bonito adquiriu status de distrito municipal. Através de Lei Municipal Nº059/84, de 20 de agosto de 1984, do poder executivo municipal, é criado o distrito de Lajeado Bonito. As melhorias urbanas por esta condição, inicialmente foram acontecendo.
Igreja da Capela Nossa Senhora das Graças
Salão da Capela Nossa Senhora das Graças
Integrantes do grupo na frente da Igreja

CAPELA SANTA CRUZ
LINHA LAJEADO BONITO

A Capela Santa Cruz, situada a leste do município de Cotiporã, é a última capela a ser criada na paróquia Nossa Senhora da Saúde de Cotiporã.
A formação desta comunidade, não segue a tradicional ocupação dos lotes rurais da ex-colônia Alfredo Chaves pelos imigrantes italianos, como de quase todas as outras linhas ou capelas. Aqui aparecem os filhos dos imigrantes de 1ª e 2ª geração adquirindo terras, meia colônia, alguns alqueires, alguns hectares.
Nessas terras surge a Escola Municipal General Osório. Sua origem data de 1951. A escola estava sobreposta a uma terra doada.
Cabe ainda ressaltar que junto à escola funciona (térreo) pequena sede social do Esporte Clube Santa Cruz.
Na época da escolha do local para a construção, da Capela Santa Cruz Com a intermediação do Pároco a nova comunidade/igreja da paróquia de Cotiporã tornou-se realidade mais adiante, numa bela colina.
Nesta elevada, de onde se pode vislumbrar a cidade de Cotiporã, criou-se toda uma estrutura semelhante a outras comunidades centenárias existentes no município, com igreja, cemitério, salão de festas e esportes, escola e campo de futebol.
O salão comunitário iniciou precariamente em prédio de madeira com cozinha de alvenaria, transformando-se em belo e amplo Ginásio de Esportes.
Próximo a Igreja/salão de Santa Cruz, encontra-se o Grêmio Esportivo, Recreativo e Cultural Santa Cruz.A história da agremiação da comunidade de Santa Cruz  remonta à década de 80, quando aos 20 de fevereiro de 1980, um grande número de esportistas, moradores do 2° Distrito de Lajeado Bonito, mais precisamente na localidade da Fazendinha fundaram na oportunidade o clube e também foi escolhida a primeira diretoria presidida buscando incrementar o esporte, a recreação, em especial a cultura, o futebol, as bochas e reuniões sociais.    
   
Cruz na Capela de Santa Cruz
Igreja da Capela Santa Cruz
Salão da Capela Santa Cruz
Integrantes do grupo em frente à Igreja
CAPELA SANTOS ANJOS
LINHA CARLOS GOMES

O território da capela compõe-se de parte dos lotes da Linha Carlos Gomes, lotes de n° 47 e 48 na divisa como Rio Sapato indo até os lotes 59 e 62, com terras da ex-colônia Fialho, hoje Lajeado Bonito.
No ano de 1957 a comunidade de Santos Anjos passa a ter o seu próprio cemitério. Sua localização não é muito distante da igreja. A comunidade construiu um pequeno salão comunitário na década de sessenta e ampliado no ano de 1985.
Somente por volta de 1948, portanto dez anos antes da construção da atual igreja, os moradores de Santos Anjos se preocuparam com a educação de seus filhos. Perto do capitel existente, referido acima, tem início a escola municipal de Veranópolis. O prédio escolar era de madeira, media 36m2 , serviu aos estudantes até 1968. Neste ano foi construída, ainda de madeira, a segunda escola, medindo 100m2, que servia também de salão de festas. O prédio atual da escola, de alvenaria mede 117, 5 m2 e foi inaugurado em 1986.
 Os moradores da Linha Carlos Gomes, por volta de 1940, experimentavam certo conforto que outras famílias teriam somente na década de 60. Junto a uma pequena Cascata do rio Sapato construíram uma micro-usina de energia elétrica. A mesma funcionava somente nas primeiras horas da noite e cada residência podia ligar somente três lâmpadas. Ermínio Bruscatto foi o responsável pelo funcionamento da usina por diversos anos.
Igreja da Capela Santos Anjos
Salão da Capela Santos Anjos
Integrantes do grupo na frente da Igreja


Fonte: livro ainda não publicado, “Cotiporã e sua história”, de autoria do Professor Ambrósio Giacomini e Dalmo Scussel.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Capelas Interioranas do Município de Cotiporã

CAPELA SANTO ANTÔNIO
LINHA FREI CANECA 

Por volta dos anos de 1887-1888, estabeleceram-se nos lotes rurais ao longo da Linha Frei Caneca, 1ª Seção da Colônia Alfredo Chaves, famílias de imigrantes italianos.
A fé e a devoção a Santo Antônio levou os empreendedores do novo mundo a cavar uma grossa árvore um nicho (capelinha) e colocar ali uma imagem do santo milagroso. Posteriormente um capitel foi erguido no mesmo local. Hoje não mais existente. Em 1896, três anos depois da chegada do primeiro Cura de Cotiporã. Fortunato Odorizzi é fundada a Capela de Santo Antônio de Pádua. Um fato que marcou a comunidade religiosa antiga, ainda em frente a atual igreja, aconteceu a ordenação  sacerdotal do Frei Inocêncio Marson, primeiro padre natural de Cotiporã receber as ordens religiosas. Frei Inocêncio Marson já é falecido. Outro fato que marcou a comunidade de Santo Antônio antigo foi o espoucar dos morteiros (mortari), às vésperas da festa do padroeiro Santo Antônio, pois não havia foguetões para anunciar as festas. Também carregavam as espingardas com pólvora, socavam com uma vareta e depois detonavam. Aconteceu que com uma arma sobrou apenas um pedaço da coronha (calço) e nada aconteceu àquela pessoa que a tinha na mão. Este fato foi atribuído como um milagre de Santo Antônio. Hoje a festa em honra a Santo Antônio é uma das com maior número de devotos.
A primeira igreja era de madeira. Somente em 1919 foi transferida para o lote n° 11, onde foi erguida já de alvenaria, porém sem a atual frente e torre, essas feitas por volta de 1957. Também foi construído um salão comunitário, onde uma parte servia a Escola Isolada Frei Caneca. O piso de chão batido serviu por longos anos como a casinha do salão.


Igreja da Capela Santo Antônio
Salão da Capela Santo Antônio
Integrantes do grupo em frente à Igreja

CAPELA SÃO VICENTE
LINHA FREI CANECA

A tradição conta que a Capela São Vicente Ferrer, situada na Linha Frei Caneca, foi a primeira capela fundada no município de Cotiporã. A história oral diz que em São Vicente, surgiu o primeiro cemitério e que também havia a intenção de estabelecer neste local uma sede urbana na nova Colônia, mas devido à topografia acidentada logo se transferiu este objetivo para a Linha Independência, atual Cotiporã.
De muitas linhas, acorriam os imigrantes, em busca de mercadorias de primeira necessidade, como sal, café, pregos, etc.
São Vicente hoje, em vista de abrigar o histórico campanário de 1905, por ser comunidade hospitaleira e local de acesso fácil e encantador, acolhe a todos  para os jantares e almoços de confraternização bem como suas duas festas: a de São Vicente Ferrer e de Santo Antão Abade. O turismo rural certamente descobrira também as belezas de suas montanhas, seus peraus e a exuberância do vale do rio Vicente Rosa nas proximidades.

Igreja da Capela São Vicente
Salão da Capela São Vicente
Integrantes do grupo em frente ao Campanário
Rio Vicente Rosa

CAPELA SÃO JOSÉ
LINHA FREI CANECA

A capela de São José se localiza na Linha Frei Caneca.
A comunidade é uma das mais antigas do município, sua ocupação iniciou-se 1888, quando as primeiras famílias italianas se instalaram nos lotes rurais de nº 27 até o nº 46 da colônia de Alfredo Chaves.
Somente em 1896, os primeiros moradores iniciam a veneração a São José, quando uma pequena imagem do mesmo é colocada numa pequena igreja de madeira, construída no lote nº 37 da Linha Frei Caneca. Mais tarde com o apoio de todos os moradores decidiram transferir o local da capela para onde se encontra hoje. Na época o responsável religioso era o Pe. Fortunato Odorizzi.
Com a colaboração de todos os sócios, em 1968, a atual igreja de alvenaria foi construída.
Em 1935, inicia as atividades escolares na comunidade, onde funcionou por 10 anos no salão de festas. Em 1945, foi construída uma sala de aula de madeira medindo 30m², que através do Decreto Municipal de 15 de fevereiro de 1945 de nomina-se Escola Municipal Alfredo Chaves. Em 1979 foi designada como Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Alfredo Chaves, que funcionou até 1982 e encerrou suas atividades em 1999 por falta de clientela.
Em 1983, a imagem de Santa Terezinha vem fazer companhia a São José.

Atualmente a comunidade de São José possui a igreja, Escola Municipal desativada, onde são bem conservados pelos moradores do local. Anualmente organizam a festa em honra a São José, com o festivo tradicional.

Integrantes em frente à Igreja de São José
Salão da Capela São José
Fonte: livro ainda não publicado, “Cotiporã e sua história”, de autoria do Professor Ambrósio Giacomini e Dalmo Scussel.