Na época à ideia da emancipação de Cotiporã que
pertencia ao município de Veranópolis, já havia surgido a muito tempo, pois o povo cotiporanense julgava que
não lhe era dado o tratamento que era merecedor. Não éramos assistidos com
melhores estradas, pontes, máquinas, infraestrutura urbana, sem água e
saneamento, sem asfalto, pouca pavimentação urbana, telefonia e energia
elétrica deficiente. Apesar do distrito contribuir com uma arrecadação grande
de ICM para o município mãe, o atendimento sempre foi desproporcional e injusto
para Cotiporã.
As
lideranças queriam mais, tornar-se independente e dirigir seu próprio destino.
Tudo parecia um sonho até que dentro do Lions Clube da cidade a ideia foi
levada a sério e cresceu. Começou o movimento e a população se entusiasmava. Na
primeira reunião feita no Clube Juvenil para tratar do assunto, compareceram
mais de 400 pessoas. Foi constituída uma comissão responsável por todos os
trabalhos que tinha como Presidente o senhor Henrique Bergamin. Mas havia
dificuldades nos requisitos exigidos como população, renda, serviços, etc...
Tudo foi superado com muito trabalho e juntamente com mais 11 novos municípios
como Capão da Canoa, Teutônia, Bom Princípio, Palmares do Sul e outros a
emancipação foi viabilizada. Foram muitas viagens a Porto Alegre e exigências
na documentação. O Deputado Estadual Nivaldo Soares colocou todo seu gabinete a
disposição da comissão emancipacionista. Enquanto isso uma capela por dia, à
noite, era visitada e o entusiasmo era contagiante, o povo queria a
emancipação.
Fonte: livro ainda
não publicado, “Cotiporã e sua história”, de autoria do Professor Ambrósio
Giacomini e Dalmo Scussel.
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